terça-feira, 10 de maio de 2011

A Santa Missa

 
DEFINIÇÃO

Renovação do sacrifício da Cruz, a Missa é o ato central do culto cristão.

Perpetua-se, sendo reatualizada nos nossos altares, o sacrifício redentor de Jesus Cristo, e põe ao nosso alcance as infinitas riquezas do Calvário. Assim vai correndo ininterruptamente o manancial da salvação para nele conseguirmos a vida e a santidade

Mas, para isso, temos de entrar nesta corrente de graça, primeiro com a nossa presença ativa e recolhida e, na medida do possível, com a comunhão sacramental; em segundo lugar com a nossa vida cristã plenamente vivida, unidos pela caridade aos nossos irmãos, salvos, como nós, pelo mesmo sacrifício. Se queremos que em nós circule a seiva vivificante que anima a vida da Igreja, sejamos fiéis pelo menos à Missa dominical, que no decorrer do ano litúrgico, torna presente o Mistério Pascal, fundamento e penhor da nossa própria ressurreição.

É o sacrifício do corpo e sangue de Jesus Cristo,oferecido no altar, sob as espécies de pão e vinho, para perpetuar os sacrifício do Calvário e nos aplicar seus merecimentos.

Há mais de 1900 anos que Jesus Cristo morreu na cruz para nos livrar do pecado e do inferno.

Pois o sacrifío da Missa é a continuação, o prolongamento do sacrifício do Calvário, só com esta diferença: que o sacrifício da cruz foi cruento e o da Missa é incruento; isto é, na cruz houve efusão real do sangue da vítima e na Missa só efusão mística e representativa. De sorte que "a Missa é um verdadeiro sacrifício, porque nele encontramos, como no Calvário: 1° Sacerdote: Jesus Cristo; no altar, porém, ele opera por intermédio de um ministro, que é ainda seu delegado ou substituto.2° Vítima: e é ainda Nosso Senhor, porém velado, no sacrifício da Missa, sob as espécies de pão e vinho, convertidos em sua carne e em seu sangue.3° Verdadeira Imolação: porque, oferecida a Deus, a vítima é imolada mística, mas realmente; as palavras da consagração dão-lhe, de algum modo, o golpe de morte e, pela comunhão, ela desaparece como desapareceria outrora a vítima pela combustão.4° Enfim a Missa, é oferecida a Deus para obter os mesmos efeitos que a imolação do Calvário, isto é, para preencher os quatro grandes deveres do homem: adorar ,agradecer, expiar e pedir. Quando, pois, assistimos à Missa, devemos ter sempre estas quatro intenções:1° Adorar e honrar dignamente a Deus;2° dar-lhe graças pelos seus benefícios;3°conseguir o perdão dos nossos pecados e expiá-los;4° pedir graças necessárias.

Dizemos que a Missa é a renovação do sacrifício do Calvário, o sacrifício da Nova Aliança, da nossa própria redenção, tornando presente sobre o altar para nele podermos participar e a ele nos associarmos. A Missa como todos sabemos é a renovação do Calvário sobre os nossos altares.Dizemos que a Missa é o sacrifício da Nova Aliança em Cristo Jesus.Ora nas páginas da Sagrada Escritura se fala de como foi contraída ou renovada a Aliança, entre Deus e os homens(o seu povo), encontramos sempre três elementos: comunicação da palavra de Deus ao povo reunido para escutar, oração coletiva e a oblação dum sacrifício que vem como que selar esta Aliança.

O mesmo vemos no rito sagrado da Missa.Convocado pela Igreja para a celebração do Santo Sacrifício, o povo cristão reúne-se em assembléia para cumprir o ato essencial da sua vida: ouvir, não uma palavra humana, mas a palavra de Deus, a mensagem divina que, no decurso do ano litúrgico, numa catequese especial que constitui a ante-missa, a Igreja lhe vai recordando; receber em seu espírito esta mesma palavra, numa atmosfera de louvores e orações qual se exige para serem aceitas;finalmente, renovar, pelo Sacrifício Eucarístico a eterna aliança em que a Vítima divina, imolada à glória do Pai, se dá em alimento ao povo dos redimidos.

É fácil descobrir o plano geral da Missa.

A celebração propriamente dita do sacrifício é precedida duma primeira parte, a "ante-missa", constituída por leituras, cantos, orações.Recorda-nos a liturgia da sinagoga, na Antiga Lei. Na segunda parte, temos o "sacrifício" propriamente dito, com o ofertório, a grande prece consecratória, que forma o Cânon e a comunhão.É a celebração da Eucaristia, o sacrifício novo da Nova Aliança.

VALOR DA SANTA MISSA
 
O valor da Missa é infinito; quer dizer isso que uma só Missa vale mais que todas as orações e penitências dos santos,todos os trabalhos dos apóstolos,todos os ardores dos serafins,já que oferecemos a Deus uma homenagem consagrada pela divindade de seu próprio Filho e que, sobre o altar, um Deus se torna ele mesmo o adorador de Deus e se oferece em holocausto.Assim, uma só Missa seria o suficiente para salvar todos os homens e libertar do purgatório todas as almas, se Deus quisesse aplicar-lhes todo o valor dela.

Quereis, pois, adorar e agradecer a Deus como o merece, alcançar o perdão e todas as graças necessárias? Quereis amar a Deus como tendes obrigação? Ouvi devotamente a Santa Missa.

Refere-se, na vida dos santos, que um dia uma alma abrasada no amor de Deus, exclamou:" Meu Jesus, quisera ter tantos corações quanto grãos de areia há nas praias do mar para vos amar,tantas línguas quantas folhas há nas árvores das florestas para vos louvar". Uma voz do alto respondeu: "para me amar e louvar assim, basta uma Missa". São Francisco de Sales tinha, pois, razão, quando dizia: "a Missa é o sol dos exercícios de piedade".

COMO DEVEMOS ASSISTIR A SANTA MISSA

Assistamos à Santa Missa cada vez que for possível,mas assistamos com fé, porque só a fé nos descobre os grandes mistérios que nela se celebram; com confiança pois não há coisa mais capaz de excitar a confiança dos pecadores que a visita de Jesus Cristo que se imola e oferece a si mesmo por nós a Deus Pai; com respeito, porque é a ação mais santa da religião; principalmente com amor, como Jesus Cristo se oferece a si mesmo a Deus,assim cada fiel deve oferecer-se pelo ministério do sacerdote em união com Nosso Senhor.

SAGRADA COMUNHÃO

DEFINIÇÃO


É a recepção do corpo e do sangue de Jesus Cristo sob as espécies sacramentais. A palavra comunhão quer dizer União com, união de Jesus Cristo com a alma. E, com efeito, não há união mais íntima, já que comemos a carne e bebemos o sangue de Jesus. Nosso Senhor instituiu a comunhão quando instituiu o sacrifício da Missa, dizendo: "Tomai, este é meu corpo; bebei, este é o meu sangue".

TIPOS

A comunhão sacrílega.

A própria palavra faz horror. Comungar em estado de pecado mortal, receber o Deus de toda a santidade e pureza em uma alma cheia da lama do pecado, encerrar em um mesmo coração a Deus e a satanás, enfim, como diz São Paulo, calcar os pés o corpo e sangue de Jesus. Que profanação! Que crime! Mas também que castigos! “Muitas vezes doenças terríveis, morte desgraçada, condenação eterna”. “Quem comunga indignamente come e bebe sua condenação”, diz o mesmo apóstolo. Se outrora tivéssemos tido a infelicidade de fazer comunhões sacrílegas, não obstante a enormidade do pecado, deveríamos ter confiança na misericórdia de Jesus.Após uma sincera confissão, procuremos repara com comunhões fervorosas as comunhões indignas do passado.

A comunhão tíbia.

É a comunhão feita por rotina, sem fruto, sem preparação nem ação de graças que valham. Há pessoas que comungam quase todos os dias e não se emendam dos seus defeitos, nem fazem progresso na virtude. De manhã, na mesa da comunhão; à noite, no espetáculo, no baile; de manhã, recolhidas; todo o resto dia dissipadas; de manhã, derretidas em devoção; de tarde, de mau humor; de manhã, na igreja, em oração; o dia inteiro, em maledicência, disputas, leituras frívolas, exibição de vaidade. Cuidado! São Paulo compara estas almas como a terra que frequentemente recebe a chuva do céu e nada produz, senão espinhos e abrolhos. Neste caso será melhor afastar-se da mesa da comunhão? Não! Seria imitar o homem que está fraco e não se alimenta. O que devemos fazer é, por meio da mortificação e da oração, sacudir fora esta frieza e continuar a comungar.

A comunhão fervorosa.

É a comunhão feita com boa vontade, com proveito, precedida de uma séria preparação e seguida de uma fervorosa ação de graças.

FRUTOS DA COMUNHÃO FERVOROSA

Quero apontar um só, para mim o mais precioso. A comunhão e nossa força e alegria."Vinde a mim, ó vós todos que estais em trabalhos e penas, eu vos aliviarei".É a voz de Jesus.Vamos a ele todos, porque todos trabalhamos e penamos. A luta é terrível e contínua, os inimigos da salvação são encarniçados.

Força contra as inclinações da carne. As tentações sensuais não são de todos os dias, mas de todos os instantes, diz São Jerônimo. Onde acharemos a força de lutar e de vencer? Na comunhão. O pão eucarístico é o pão dos fortes, o sangue de Jesus é o vinho que faz germinar as virgens, é o orvalho celestial que apaga o fogo da concupiscência. Sem comunhão não há pureza.

Força contra as tentações do demônio. Na frase de São Pedro, o demônio, qual leão rugidor, anda em derredor de nós procurando nos devorar. É um inimigo poderoso, inteligente, experimentado, encarniçado. Onde acharemos ainda a força de lutar e de vencer? Na comunhão. Se soubermos comungar santamente, sairemos da mesa da comunhão como os primeiros cristãos, respirando chamas e metendo medo a Satanás, na frase de um padre da Igreja.

Em uma palavra, a mesa da comunhão é aquela de que fala o profeta, mesa que Deus preparou para nos assentar a ela e nos fortalecer contra os inimigos que nos atribulam.

Brasileiros, quereis que esta Pátria, tão grande e tão bela, seja perenal? Comungai, comungai todo dia. A Eucaristia é vida imortal.
 
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